O colapso dos já debilitados sistemas de saúde da África subsaariana pode fazer com que o número de mortes por AIDS na região regrida a níveis de 2008.
A avaliação, feita pela ONU (Organização das Nações Unidas), foi divulgada nesta segunda (11).
Isso significa que cerca de 950 mil pessoas podem morrer por complicações da doença em 2020. Em 2018, o número foi quase a metade: 470 mil.
Na África subsaariana, 26 milhões vivem com o HIV. A entidade também teme grave aumento do contágio ao longo deste ano.
Cerca de 16 milhões usam medicamentos antirretrovirais, que controlam a doença.
A ONU tem alertado para a possibilidade de desabastecimento dos remédios em postos de saúde e farmácias, o que interromperia o tratamento de parte desses pacientes.
Outra preocupação da entidade é a falta de acompanhamento. Pode haver “apagão médico” em todo o mundo com o fechamento das clínicas ou deslocamento de profissionais de saúde para tratar o novo coronavírus.