OMS fomenta estudos para entender variantes do novo coronavírus

Entidade trabalha com cientistas do Reino Unido e da África do Sul para aprimorar a resposta global à pandemia

Este conteúdo foi publicado originalmente pelo portal ONU News

A OMS (Organização Mundial da Saúde) reafirmou seu apoio à realização de testes e pesquisas sobre as novas variantes do Covid-19. Para a agência somente os países que investirem neste processo terão como apresentar estratégias eficazes de enfrentamento. 

Nesta terça-feira, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, disse a jornalistas, em Genebra, na Suíça, que “os países não devem ser punidos por compartilhar de forma transparente as novas descobertas científicas”. 

Plataformas 

O chefe da OMS falou do compartilhamento imediato de informações epidemiológicas, virológicas e da sequência completa do genoma com a agência, países e equipes de pesquisa, inclusive por meio de plataformas de código abertas. 

Tedros Ghebreyesus disse que a agência já atua com cientistas do Reino Unido e da África do Sul que têm realizado estudos epidemiológicos e laboratoriais que irão orientar os próximos passos.  

OMS fomenta estudos para entender variantes do novo coronavírus
O chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em Assembleia Geral da ONU sobre a crise da Covid-19, em 4 de dezembro de 2020 (Foto: UN Photo/Manuel Elías)

Ele agradeceu aos dois países por realizarem testes e fazerem o seguimento de novas variantes. E sublinhou a importância de se “aumentar a capacidade de sequenciamento do genoma em todo o mundo”.

Já a epidemiologista Maria Van Kerkhove advertiu que a mutação é normal e esperada e que mais variantes aparecerão. Nas próximas semanas, mais dados serão divulgados.  

Mutações 

A especialista explicou que quanto mais o vírus circula, mais ele muda. As variantes já identificadas têm um pequeno efeito sobre o vírus, em termos de comportamento e transmissão.  

Van Kerkhove enfatizou que cada uma delas precisa de uma avaliação apropriada através da rede global de laboratórios criada em janeiro. Os especialistas foram estabelecidos para acompanhar a evolução do vírus. 

O grupo se encontra periodicamente e define a importância das variantes a serem acompanhadas. A médica voltou a dizer que as variantes na África do Sul e no Reino Unido são distintas.  

Tedros recordou que a chegada do Covid-19 à China e o anúncio pela OMS já faz um ano. Ele saudou a cooperação entre os setores públicos e privado nesta pandemia”. 

O diretor-geral realçou que o lançamento da “vacina segura e eficaz” nas últimas semanas, em vários países, é uma conquista científica incrível. 

Acesso 

Para o chefe da agência, a OMS não descansará até que quem precise da vacina em todos os lugares seja imunizado e protegido. 

Durante a pandemia da Covid-19 foram lançadas e atualizadas orientações técnicas e treinamentos com base na ciência e melhores práticas dos países. A divulgação foi feita por meio de canais, incluindo mais de 130 coletivas de imprensa.

Em momento de reflexão, a última do ano, o número de notificações chegou a 79.515.525 casos confirmados e 1.757.947 mortes. Tedros declarou que o fim da pandemia continuará a exigir inovação e colaboração científica global. 

Parceiros 

No briefing, Tedros lembrou o lançamento do Acelerador de Acesso a Ferramentas da Covid-19, em abril, foi apontado como uma colaboração histórica. 

Com a iniciativa foi impulsionado o desenvolvimento, a produção e o acesso equitativo a vacina, diagnósticos e terapêutica para a doença como parte de uma estratégia abrangente que “tem funcionado”. 

Ele também realçou a chegada das “boas notícias” em junho, quando os resultados dos ensaios clínicos iniciais demonstraram a eficácia da dexametasona, um corticosteroide essencial para salvar a vida de pacientes gravemente doentes. 

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