ONU diz que 40% dos conflitos internos são associados a exploração de recursos naturais

Confrontos pelo controle de reservas de ouro, petróleo, diamantes e madeira têm dobro de chance de ressurgirem após acordo de paz

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

Este 6 de novembro é o Dia Internacional para Prevenção da Exploração do Meio Ambiente em Guerra e Conflito Armados. A data foi criada pela Assembleia Geral há 23 anos para chamar a atenção para os ataques ao meio ambiente e seus recursos como uma arma de guerra.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), conflitos e guerras poluem fontes de água, queimam plantações, cortam florestas, contaminam os solos, além de matar animais para ganhar vantagem militar nos combates.

Prevenção e estratégia são fundamentais

A agência da ONU informa que, nos últimos 60 anos, pelo menos 40% de todos os conflitos internos estão associados à exploração de recursos naturais de grande valor como diamantes, madeira, petróleo, ouro assim como água e áreas férteis.

Pepitas de ouro (Foto: Claudia Berger/Unicef)

Segundo o Pnuma, conflitos que envolvem recursos naturais têm até duas vezes mais chance de ressurgir. Ações para prevenção, estratégias de construção e manutenção da paz são fundamentais.

Paz duradoura depende de ecossistemas saudáveis e manejo de recursos

Quando os recursos naturais que sustêm a existência e os ecossistemas de comunidades inteiras são destruídos, o mundo fica sem a possibilidade de uma paz duradoura.

Em 2016, a Assembleia Geral aprovou uma outra resolução para reconhecer o papel de ecossistemas saudáveis e de recursos manejados de forma sustentável para a implementação da Agenda 2030 e da sustentabilidade.

Desde então, a ONU e a União Europeia estabeleceram uma Parceria sobre Conflitos de Terra e Recursos Naturais, que conta com a cooperação de seis agências e departamentos da ONU incluindo o Pnuma, o ONU-Habitat e o Departamento de Assuntos Socioeconômicos da ONU, Desa.

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