Previsão indica temporada de furacões ‘quase normal’ no Atlântico neste ano

Serviços de meteorologia esperam de um a quatro grandes furacões e todo o mundo em 2023, com uma ajuda do fenômeno El Niño

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O fenômeno El Niño e temperaturas acima da média no Oceano Atlântico ajudam a despontar a previsão de uma estação de furacões quase perto do “normal” para este ano. 

A previsão foi divulgada pela Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, como indica a página da OMM (Organização Meteorológica Mundial), na internet. 

Ambas as entidades cooperam no monitoramento da estação de furacões no Oceano Atlântico que vai de junho a novembro. Ao todo, devem ocorrer de 12 a 17 tempestades tropicais. Deste total, cinco a nove podem se tornar furacões. Para este ano, os serviços de meteorologia esperam de um a quatro grandes furacões. 

Os cálculos indicam que existe 40% de chance de a estação ficar “perto do normal”. Outras estimativas apontam uma probabilidade de 30% de a temporada ser acima do normal e outros 30% de um comportamento abaixo do normal, sem maiores riscos.  

 Os furacões da categoria de 3 a 5 apresentam ventos de pelos menos 178 km/h. Já as tempestades consideradas normais podem trazer ventos de 119 km/h ou mais velozes. 

Furacão Dorian visto da Estação Espacial Internacional, em setembro de 2019 (Foto: Divulgação/NASA)
Retrocesso econômico 

A agência dos Estados Unidos tem uma margem de 70% de confiança nessas escalas. A estação de furacão começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro. 

A OMM lembra que um furacão com rastros arrasadores pode atrasar um país em anos de desenvolvimento socioeconômico. 

Modelos e estatísticas apresentados no Congresso Meteorológico Mundial mostraram que os pequenos estados insulares em desenvolvimento sofrem, de forma desproporcional, com o impacto econômico e o custo humano dos desastres naturais.  

O furacão Maria, por exemplo, em 2017, custou danos a Dominica equivalentes a 800% do seu Produto Interno Bruto (PIB). 

Entre 1979 e 2021, os ciclones tropicais, termo genérico que inclui os furacões, foram a principal causa de perdas humanas e econômicas em todo o mundo, com um total de mais de dois mil desastres. 

Acesso para todos 

Desde 1970, o número de mortes nesses acidentes naturais baixou de mais de 350 mil para menos de 20 mil, a quantidade registrada entre 2010 e 2019. Nessa mesma época, as perdas financeiras somaram US$ 573,2 bilhões. 

O chefe da OMM, Petteri Taalas, lembra que as mortes foram reduzidas por causa de serviços de previsão e alertas, mas o mundo pode fazer ainda melhor.  

A Iniciativa da ONU Early Warnings for All (Alerta Precoce para Todos, em tradução livre) quer que cada um possa ter acesso a anúncios sobre ventos que trazem risco de morte, aumento de tempestades e chuvas nos próximos cinco anos, especialmente os pequenos estados insulares em desenvolvimento, que estão na linha de frente da mudança climática. 

Neste ano, dentre os nomes escolhidos para os furacões estão: Arlene, Don, Katia, Ofélia, Tammy e Idália. 

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