Chefe da ONU condena ataque terrorista que matou 25 fiéis em templo cristão na Síria

Mais de 60 pessoas ficaram feridas na igreja de Santo Elias, em Damasco; investigação preliminar atribui autoria ao Estado Islâmico

Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News

O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, condenou “fortemente” o ataque terrorista contra a igreja ortodoxa de Santo Elias, em Damasco, capital da Síria. Em nota, ele enviou condolências às famílias das vítimas e desejou pronta recuperação aos feridos.

Segundo agências de notícias, 25 pessoas foram mortas e mais de 60 ficaram feridas no atentado de domingo (22).

Autoridades sírias atribuem a autoria do crime ao grupo Estado Islâmico (EI), também conhecido como Daesh.

O Ministério do Interior da Síria informou que um homem teria chegado na igreja, no bairro de Dweila, atirando durante o culto de domingo à noite antes de detonar explosivos amarrados a seu corpo.

O líder das Nações Unidas pediu uma investigação imediata e abrangente e disse que os autores devem ser levados à justiça.

Guterres reafirmou o compromisso da ONU no apoio ao povo sírio e em sua busca por paz, dignidade e justiça.

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António Guterres, secretário-geral da ONU (Foto: UN Photo)

Esse foi o primeiro ataque à capital da Síria desde que forças rebeldes islâmicas derrubaram o regime do ex-presidente Bashar al-Assad, colocando fim a 13 anos de uma guerra civil no país árabe.

O enviado especial das Nações Unidas para a Síria, Geir O. Pedersen, também se pronunciou. Seu escritório classificou o ataque como um “crime hediondo” e pediu união contra o terrorismo. “O senhor Pedersen conclama todos a se unirem no repúdio ao terrorismo, ao extremismo, à incitação e ao ataque contra qualquer comunidade na Síria. Ele envia suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja pronta recuperação aos feridos”, destacou a nota.

Diversos países manifestaram condenação ao atentado. Entre eles, Turquia, Jordânia, Iraque, Israel, Grécia, Chipre, Emirados Árabes Unidos, Catar, Arábia Saudita, Autoridade Palestina, Iêmen, Omã, Bahrein, Ucrânia, Áustria, Bélgica, República Tcheca e Holanda.

O enviado especial dos Estados Unidos para a Síria, Thomas Barrack, classificou a ação como um ato de “covardia” e afirmou que ela “não tem lugar no novo tecido de tolerância e inclusão que os sírios estão tecendo”.

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