Coalizão liderada pelos EUA diz ter matado três rebeldes do Estado Islâmico na Síria

Forças atuam na região para impedir que o EI se reconstitua após a expulsão de seu último reduto territorial há dois anos

A coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria executou recentes ataques que tiveram como consequência a morte ou captura de diversos militantes do Estado Islâmico (EI). Centenas de soldados norte-americanos permanecem baseados no país, onde atuam em missões de apoio e contraterrorismo. As informações são do site Stars and Stripes.

Durante uma operação no último fim de semana, três extremistas foram mortos e dois associados presos, revelou no domingo (26) em uma publicação no Twitter o porta-voz da Operação Inherent Resolve, coronel Wayne Marotto. Dias antes, um importante jihadista e outros dois afiliados foram capturados no leste sírio.

A autoridade também relatou que a coalizão forneceu apoio de reconhecimento durante operações na cidade de Raqqa, conhecida por a “ex-capital” dos insurgentes do EI na Síria.

Patrulha blindada da coalizão na cidade de Al Hasakah (Foto: Coordination & Military Ops Center – SDF/Reprodução Twitter)

Os combates contradizem a fala do presidente Joe Biden durante assembleia da ONU (Organização das Nações Unidas) na terça-feira passada (21), quando declarou que “os EUA não estão em guerra pela primeira vez em 20 anos”.

A coalizão atua na região para impedir que o EI se reconstitua após a expulsão de seu último reduto territorial há dois anos.

Vinte ataques em um mês

O EI comandou 20 ataques no mês passado, que resultaram na mortes de 15 civis e agentes de segurança da cidade de Deir al-Zour, no rio Eufrates, até Qamishli, na região que faz fronteira com a Turquia.

Três operações ocorridas de forma simultânea no domingo em Raqqa resultaram na captura de três líderes de células do EI que esconderam e transportaram rebeldes islâmicos responsáveis ​​pelo planejamento e execução de assassinatos na região.

A pedido do governo iraquiano, os EUA reduziram tropas e passaram do combate para o apoio nos últimos meses, após uma série de ataques contra bases que abrigam as forças americanas.

Por que isso importa?

A guerra civil na Síria, que já dura dez anos, deixou mais de 13 milhões de pessoas dependentes de ajuda humanitária segundo dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas). Somente na região noroeste há 4 milhões de pessoas nessa situação. 

O conflito opôs Rússia e Irã, aliados ao governo de Al-Assad, à Turquia. Mais de 590 mil pessoas morreram durante a guerra, que varreu a nação e deslocou mais da metade da população, que era de 23 milhões de pessoas.

Desde 2011, a oposição e líderes ocidentais exigem a saída de Assad, a quem acusam de crimes contra a humanidade. Apoiadores de Assad, por outro lado, criticam o que consideram uma interferência de Washington com o intuito de derrubar o presidente.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino.

Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos.

Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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