O chefe militar de Israel comunicou às tropas nesta quarta-feira (25) que os ataques aéreos no Líbano continuarão para destruir a infraestrutura do Hezbollah e preparar o terreno para uma possível invasão terrestre. As informações são do Jerusalem Post.
Diante desse cenário, o major-general Uri Gordon, comandante do norte das Forças de Defesa de Israel (IDF), afirmou aos seus homens que “precisamos estar completamente preparados para agir e invadir” o Líbano, em resposta à crescente tensão com o grupo militante.
Gordon destacou que as operações devem melhorar a segurança dos 60 mil moradores do norte de Israel, que foram evacuados de suas casas há quase um ano. Ele também mencionou que “entramos em uma nova fase do conflito e agora estamos lutando como parte da Operação Northern Arrows”.
Ao mesmo tempo, fontes informaram que os Estados Unidos iniciaram esforços diplomáticos para acabar com os conflitos em Gaza e no Líbano, com propostas sendo discutidas na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, segundo a Reuters.
Também nesta quarta, o ex-chefe de inteligência das IDF, Amos Yadlin, recomendou que as IDF realizassem ataques aéreos por duas semanas para enfraquecer o Hezbollah antes de iniciar uma ofensiva terrestre. No entanto, outras fontes informaram ao Jerusalem Post que qualquer invasão terrestre deve ser concluída até o início de novembro, para evitar operações prolongadas durante as condições difíceis do inverno nas montanhas do Líbano.
As potências ocidentais continuam tentando convencer Israel a evitar uma invasão terrestre e buscar uma solução diplomática. No entanto, os líderes políticos e militares das IDF concordam que, mesmo que a invasão aconteça, a diplomacia será essencial para garantir resultados duradouros após o uso da força militar.
O presidente dos EUA, Joe Biden, declarou à rede de televisão ABC que uma guerra total é uma possibilidade, mas acrescentou que “ainda temos a chance de alcançar um acordo que possa mudar fundamentalmente toda a região”. Na quarta-feira, Israel intensificou seus ataques aéreos no Líbano, e o ministro da Saúde libanês informou que pelo menos 51 pessoas morreram e 223 ficaram feridas devido aos bombardeios.
Israel também interceptou um míssil que o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirmou ter como alvo a sede da agência de inteligência Mossad, localizada perto de Tel Aviv, a maior cidade de Israel.