Em ‘redução de riscos’, EUA retira funcionários da embaixada de Bagdá

Washington teme ataques no aniversário de morte de militar iraniano Soleimani em janeiro, dizem fontes

A pouco mais de um mês para encerrar o mandato, o governo de Donald Trump optou por retirar alguns funcionários da embaixada de Bagdá, no Iraque, disse uma fonte ao jornal norte-americano “Washington Post”.

O serviço diplomático classificou a saída como uma “redução de riscos” temporária. Há temores de ataque na ocasião do aniversário de um ano do assassinato do militar iraniano Qassem Soleimani, em 3 de janeiro, morto após um ataque dos EUA em Bagdá.

Não está claro quantos devem deixar a embaixada ou quando será a retirada, mas o Departamento de Estado norte-americano já apontou que “garantir a segurança dos funcionários do governo” é prioridade.

Governo dos EUA retira funcionários da embaixada de Bagdá em meio a tensão
Helicópteros das forças dos EUA aterrissam no Campo Taji, no Iraque, em agosto de 2007 (Foto: U.S. Army/Daniel McClinton)

A decisão vem após aumento da pressão de Trump sobre o Irã e seus aliados no Iraque e a morte do cientista nuclear Mohsen Fakhrizadeh, na sexta (26), após um ataque.

No início de outubro, o secretário de Estado Mike Pompeo ameçou fechar a representação no Iraque após um aumento de 40 ataques desde agosto.

Washington também reduz gradualmente as tropas no Iraque, após seis anos de combate ao Estado Islâmico. Espera-se que as forças caiam de três mil para 2,5 mil até 15 de janeiro – cinco dias antes da posse de Joe Biden.

“As futuras decisões serão tomadas pelo próximo governo”, disse o general do Exército, Mark A. Milley. Biden já sinalizou que deve retomar o acordo nuclear entre o Irã e as potências, abandonado pelos EUA em 2018.

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