O Irã afirmou que irá executar o homem que forneceu informações a EUA e Israel que culminaram na morte do general Qassem Suleimani em janeiro deste ano, na capital iraquiana Bagdá. A informação foi divulgada pela Al-Jazeera.
O Judiciário iraniano havia confirmado a pena de morte do iraniano Mahmoud Mousavi-Majd por por ter dado “o paradeiro do mártir Suleimani aos nossos inimigos”. Horas depois, voltou atrás.
Mais tarde, o judiciário informou que a condenação de Mousavi, “um dos espiões da CIA e do [serviço secreto israelense] Mossad”, não estava ligada ao assassinato de Sulemani no Iraque.
“Todos os procedimentos legais do caso do espião ocorreram muito antes do martírio de Suleimani”, informaram, segundo a agência de notícias Reuters.
As autoridades também não confirmaram se o caso está ligado ao anúncio do Irã de fevereiro sobre a condenação de Amir Rahimpour. O homem também foi acusado de espionar para os EUA, neste caso vendendo informações sobre o programa nuclear iraniano.
Morte em Bagdá
Um drone foi usado por forças dos EUA para matar o general, chefe de uma unidade da Guarda Revolucionária do Irã. Suleimani era visto pelos EUA como o cérebro por trás da estratégia miliar e geopolítica do país.
A morte de Sulemani foi mais um capítulo na das tensões entre o Irã e os Estados Unidos. Teerã retaliou com um ataque de foguetes a uma base iraquiana onde também estavam forças norte-americanas.
No mesmo dia, um avião ucraniano que decolava do aeroporto de Teerã foi abatido, matando todos os 176 passageiros a bordo. Dias depois, o Irã assumiu a culpa pela queda da aeronave e afirmou que havia sido um acidente.