Após 12 dias de intensos confrontos no Oriente Médio, Israel e Irã aceitaram um cessar-fogo proposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump. No entanto, supostos ataques de ambos os lados teriam continuado horas depois do início da trégua, evidenciando a fragilidade do acordo. As informações são da agência Associated Press (AP).
O cessar-fogo deveria entrar em vigor na madrugada desta terça-feira (24), com Israel tendo até as 10h (horário de Greenwich) para realizar possíveis ataques. Entretanto, o Estado judeu afirmou ter detectado disparos de mísseis vindos do Irã cerca de duas horas e meia depois do início da trégua, o que levou a uma ordem para uma resposta militar.

Do lado iraniano, a Guarda Revolucionária Islâmica (URGC, na sigla em inglês) alegou que ataques israelenses continuaram até depois do prazo, conforme reportado pela televisão estatal iraniana. Entretanto, não foram apresentadas provas que sustentem essa afirmação. Paralelamente, o Ministério da Defesa do Irã negou o disparo de mísseis contra Israel após o anúncio do cessar-fogo, ressaltando que a ação israelense foi unilateral.
Em entrevista na Casa Branca antes de embarcar para a cúpula da Otan em Haia, Trump expressou sua insatisfação com o desenrolar dos eventos. “Eles violaram, mas Israel também violou”, afirmou o presidente dos EUA, citando primeiramente Teerã. “Eu não estou feliz com Israel”.
A ofensiva que levou ao cessar-fogo foi marcada por um ataque de mísseis iranianos contra uma base militar dos EUA no Catar, uma ação de retaliação que intensificou ainda mais o conflito regional. Antes disso, Israel lançou uma série de bombardeios a alvos em território iraniano, e os confrontos deixaram pelo menos quatro mortos em Israel.
Apesar do acordo e da promessa de trégua, as sirenes soaram novamente no norte de Israel e explosões foram ouvidas enquanto sistemas de defesa aérea israelenses reagiam a um novo ataque iraniano, revelando que a situação ainda é volátil e perigosa.