Mais de 20 homens da Al-Qaeda são mortos em operação contra Taleban no Afeganistão

Militantes da Al-Qaeda mortos no território afegão são nova evidência sobre relação entre as duas organizações

Pelo menos 22 integrantes da Al-Qaeda foram mortos em uma ofensiva das forças do Afeganistão contra o Taleban na província de Helmand, ao sul do país. Conforme informações da emissora saudita Mena FM, 106 militantes morreram e 37 ficaram feridos.

A presença da Al-Qaeda junto de talibãs no Afeganistão é mais uma evidência de que os dois grupos não abandonaram os laços após o acordo firmado entre os EUA e o Taleban, em fevereiro de 2020.

No tratado, o grupo fundamentalista islâmico concordou em encerrar as relações para que as tropas norte-americanas deixassem o Afeganistão até o último sábado (1). A ineficiência fez com que Washington prolongasse a operação no país do Oriente Médio até 11 de setembro, enquanto Cabul e o Taleban buscam um cessar-fogo.

Mais de 20 integrantes da Al-Qaeda são mortos em operação contra o Taleban no Afeganistão
Soldados afegãos em operação na província de Helmand, Afeganistão, em abril de 2021 (Foto: Reprodução/Twitter/Ministry of Defense Afghanistan)

O ministério da Defesa do Afeganistão confirmou que os integrantes da Al-Qaeda mortos na operação pertenciam a células da província de Punjab, no Paquistão – país classificado como o “berço e santuário” de facções extremistas pela ONU (Organização das Nações Unidas).

De acordo com o governador de Helmand, Mohammad Nabi Ilham, os talibãs lançaram diversos ataques a posto avançados da polícia afegã na última semana. Pelo menos oito combatentes morreram na ofensiva.

Um porta-voz do Taleban disse no Twitter que os militantes também invadiram unidades policiais da província de Lashkar Gar. Segundo ele, três soldados afegãos foram mortos no distrito de Kajaki.

Cabul e o Taleban deram início às tratativas mais recentes pela pacificação em setembro de 2020. As divergências entre as partes, porém, atrasaram uma conciliação e instauraram uma onda de violência no país, marcado por conflitos há décadas.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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