Médicos Sem Fronteiras enfrentam desafios na Cisjordânia devido à violência e restrições

MSF declarou que são "inaceitáveis" os ataques contra profissionais de saúde e a interrupção do acesso aos cuidados médicos

As equipes da organização médica internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) relataram no domingo (21) que estão enfrentando violência e restrições de movimento em suas operações na Cisjordânia ocupada. As informações são do site Palestine Chronicle.

Segundo o MSF, a situação inclui bloqueios de ambulâncias, o que tem impactado diretamente o acesso rápido a cuidados médicos essenciais para pessoas com ferimentos graves.

“Os ataques contra profissionais de saúde e a obstrução do acesso aos serviços de saúde são completamente inaceitáveis”, destacou a organização em sua conta no X, antigo Twitter.

Ambulância da Médicos Sem Fronteiras (Foto: Roberto De Vido/Flickr)

A MSF também relatou que um voluntário paramédico, treinado pela organização, foi baleado na perna enquanto prestava atendimento.

De acordo com Itta Helland-Hansen, coordenadora da MSF, devido às hostilidades, foram necessárias sete horas para que ele conseguisse chegar ao hospital para receber tratamento adequado.

Além disso, a MSF informou que um de seus funcionários tentou realizar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em uma criança de 16 anos que foi atingida por um tiro na cabeça, mas que não conseguiu salvá-la.

Uma operação militar que durou três dias em Tulkarem e no campo de refugiados de Nur Shams, localizados no norte da Cisjordânia, chegou ao fim no domingo. O Ministério da Saúde palestino relatou que pelo menos 14 palestinos foram mortos em ataques militares israelenses durante essa incursão.

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