Conteúdo adaptado de material publicado originalmente pela ONU News
A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou nesta semana a chegada de combustível e suprimentos essenciais em carregamentos para dois hospitais na Faixa de Gaza.
Além de pacientes, o hospital Al-Shifa, no norte do enclave, concede abrigo a cerca de 50 mil deslocados. Por sua vez, o Hospital da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino Al-Amal, no sul, abriga 14 mil pessoas que deixaram suas casas.
A intervenção apoiada por parceiros é considerada de “alto risco” por causa de intensos confrontos em curso nas proximidades. O número de pacientes e de pessoas em busca de refúgio é também considerado elevado.
Após a operação, os funcionários que atuaram no terreno falaram de necessidades alimentares extremas em toda a região. O conflito afeta a entrega de auxílio, e pessoas interrompem o movimento de comboios esperando encontrar algo para comer.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, pediu que a comunidade internacional tome medidas urgentes para aliviar o grande perigo enfrentado pela população da Faixa de Gaza.
Outro apelo é que para seja impulsionada a capacidade dos trabalhadores humanitários de ajudar as pessoas gravemente feridas ou com fome aguda e grave.
Envio de ambulâncias
Para a manutenção dos serviços essenciais, o carregamento incluiu itens do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) a serem usados pela ONG parceira World Central Kitchen.
Em Al-Amal, o que mais chamou a atenção foram os efeitos de recentes ataques que desativaram a torre de rádio e afetaram o sistema de envio de ambulâncias para toda a área de Khan Younis, afetando mais de 1,5 milhão de pessoas.
Os funcionários da OMS revelaram que não se podia entrar no hospital sem passar por cima dos pacientes e das pessoas em busca de refúgio.
Dezenas de milhares de palestinos fugiram de ataques violentos a pé, em animais de carga ou em carros de Khan Younis e da área central de Gaza, onde são construídos abrigos improvisados ao longo da estrada.