Seis suspeitos de integrar o EI (Estado Islâmico) foram presos em Kahramanmaras, na região de fronteira entre a Turquia e a Síria, nesta segunda (12). Entre os detidos está um possível líder do grupo, disse a agência turca Anadolu.
Os supostos integrantes estavam operando em nome do grupo extremista nas zonas de conflito da Síria. Um deles teria recebido treinamento em mecanismos de bombas e já esteve envolvido em ataques na cidade síria de Aleppo entre 2013 e 2015, disse um porta-voz das forças da Turquia.
Outro militante seria um dos líderes da organização e se engajou em diversas atividades armadas. Eles não tiveram seus nomes divulgados.

A ofensiva ao Daesh – nome pejorativo dado ao EI – antecedeu a neutralização de três terroristas do PKK (Partido dos Trabalhadores Turcos). Conforme o Ministério da Defesa turco, os militantes “tentaram perturbar a segurança” do norte da Síria – região classificada por Ancara como “zona da Primavera da Paz”.
Ao usar o termo “neutralizados”, as autoridades turcas sugerem que os suspeitos se renderam ou foram mortos. A operação contraterrorismo da Turquia na Síria se estende desde 2016 e busca evitar a formação de um corredor de terror na fronteira sul e região norte do país do Oriente Médio.
O avanço do Estado Islâmico na Síria tende a aprofundar a crise sem precedentes deixada pelos nove anos de guerra civil. O país conta com o apoio do exército russo, do aliado Irã e dos libaneses do Hezbollah. No momento, uma trégua no conflito está em vigor.
Conforme Ancara, as forças de segurança realizam operações domésticas para evitar novos ataques e se proteger de “inimigos”, como classificam o PKK.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.