Dois carros-bomba explodiram e mataram ao menos 30 pessoas em uma base militar no Estado de Galmudug, na região central da Somália, na manhã de domingo (27). O Al-Shabaab, grupo terrorista afiliado à Al-Qaeda, assumiu a autoria do atentado, de acordo com a agência Reuters.
“Eles atacaram a base com dois carros-bomba, e uma intensa troca de tiros de mais de uma hora se seguiu às explosões, afirmou o major Mohamed Awale. “As bombas danificaram veículos militares. Civis estavam armados e ajudaram a reforçar a base e perseguir os jihadistas”.
De acordo com Awale, entre os mortos estão 17 soldados e 13 civis. O governo informou que 41 jihadistas morreram no confronto, que teria começado no início da manhã, quando os soldados se preparavam para as orações matinais.

Seis execuções
Ainda no domingo (27), o Al-Shabaab informou que executou seis pessoas. As vítimas são cinco homens e um mulher que o grupo jihadista acusa de participarem de atos de espionagem a favor dos EUA.
Washington teve papel importante na luta do governo somali contra o Al-Shabaab. Cerca de 700 soldados norte-americanos estiveram no país africano até a retirada completa das tropas, no início deste ano. Eles eram encarregados sobretudo de oferecer treinamento de combate à Brigada Danab, um destacamento de elite do exército da Somália.
Dados apontam que o Al-Shabaab esteve em 440 episódios violentos no país entre julho e setembro do ano passado – o maior número desde 2018.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.