Exército da Somália conquista nova vitória e fortalece sua posição na luta contra Al-Shabaab

Na mais recente ofensiva militar, 16 membros do grupo terrorista foram mortos no Estado de Jubaland

O exército da Somália tem sido bem-sucedido em sua ofensiva contra o Al-Shabaab, milícia islâmica vinculada à Al Qaeda. O objetivo dos militares é reconquistar territórios vitais para a economia do país, de acordo com o site somali Garowe Online

No último domingo (13), o exército somali matou 16 membros do Al-Shabaab e conseguiu retomar o controle de importantes áreas do Estado de Jubaland. A operação foi conduzida pela brigada Danab, um grupo de elite treinado por empresas privadas de segurança dos EUA. 

A ofensiva, que já dura três meses, é comandada pelo general Odowaa Yusuf Rageh, que em determinadas missões faz questão de liderar pessoalmente os militares. 

Soldado acompanha ex-militantes do Al-Shabaab após operação de desmantelamento do grupo terrorista em Garsale, Somália, setembro de 2012 (Foto: Divulgação/Amison)

No Estado de Hirshabelle, o governo informa que 50 militantes do Al-Shabaab foram mortas nos últimos dias, e muitas bases do grupo jihadista foram destruídas. 

Nas contas do exército somali, já são mais de 200 inimigos mortos nas últimas semanas, na maior sequência de vitórias dos militares em muitos meses. 

Sanções 

Outra vitória da Somália na luta contra a milícia veio através do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Três líderes do Al-Shabaab sofreram sanções econômicas do órgão na última segunda-feira (14).

Os nomes dos três líderes só serão divulgados pela entidade após ao cumprimento de alguns protocolos. As sanções são válidas em todos os países afiliados à ONU e visam a dificultar o acesso dos terroristas a sua rede financeira. 

“Ainda é cedo para notar os efeitos dessas sanções. Mas esta pode ser uma importante ferramenta para o governo da Somália na luta contra o Al-Shabaab”, disse Geraldine Byrne Nason, representante permanente da Irlanda na ONU. 

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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