China aponta os EUA como elemento crucial para reduzir tensões na Península Coreana

Declaração de Beijing surge após a chegada de um navio movido a energia nuclear dos EUA à Coreia do Sul

Nesta terça-feira (21), a China afirmou que não é a “parte principal” no conflito da Península Coreana e destacou que a chave para aliviar a tensão “está nas mãos” de Washington, segundo repercutiu a agência Anadolu.

Durante uma coletiva de imprensa, Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, enfatizou o comprometimento de Beijing com a manutenção da paz e estabilidade na região e a busca por uma resolução política.

Ela declarou ao veículo estatal Global Times que a China não é “protagonista no conflito”, e atribuiu a responsabilidade pela resolução ao governo dos Estados Unidos.

Guardas de fronteira: Coreia do Norte à direita, Coreia do Sul à esquerda (Foto: Michael Day/Flickr)

Os comentários de Mao surgiram após a chegada, na terça-feira, de um navio movido a energia nuclear dos EUA à base naval em Busan, na Coreia do Sul. A entrada da embarcação no porto ocorreu algumas horas após a notificação da Coreia do Norte ao Japão sobre seu plano de lançar um satélite militar ao espaço ao longo de um período de nove dias, a partir de quarta-feira (22).

“A China apela às partes relevantes para que enfrentem o cerne da questão, parem o confronto e a pressão, tomem ações concretas para promover a solução política da questão e salvaguardem a paz e a estabilidade na península”, disse ela.

Em agosto, a Coreia do Norte anunciou que suas forças armadas realizaram um exercício inédito de ocupação completa ao território dos rivais do Sul como parte de um treinamento de contra-ataque. A simulação, que incluiu um “exercício de ataque nuclear tático” envolvendo todos os militares da fechada nação, nunca havia sido divulgada pelos meios de comunicação estatais. 

Em meio à turbulência na região da Ásia-Pacífico, Washington e Seul vem realizando frequentes treinamentos militares conjuntos, dando uma demonstração de força em relação a Pyongyang, que endureceu sua retórica e realizou diversos testes de mísseis neste ano, como o Hwasong-18, testado com sucesso pela segunda vez e com possibilidade real de atingir os EUA e a Europa.

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