Em 2025, a África vive uma onda de protestos inédita, liderada pela chamada Geração Z, jovens com menos de 28 anos que ocupam ruas do continente exigindo mudanças. Os movimentos vão de Madagascar ao Marrocos, envolvendo causas como corrupção, má governança, falta de serviços essenciais e repressão política. As informações são da rede NPR.
Em Madagascar, a insatisfação com cortes recorrentes de água e eletricidade levou a manifestações que derrubaram o governo de Andry Rajoelina em menos de uma semana. Ainda assim, jovens permanecem nas ruas pedindo sua saída. Inspirados por protestos similares no Nepal, Filipinas e Indonésia, eles usam símbolos como a caveira do anime One Piece e redes sociais como Facebook para mobilizar ação.

No Quênia, protestos em massa contra uma lei impopular e a deterioração econômica marcaram o último ano, chegando ao ponto de invasão parcial do parlamento. No Togo, milhares protestaram contra alterações constitucionais para estender mandatos presidenciais.
No Norte da África, jovens marroquinos organizaram grandes protestos antigovernamentais, especialmente em Rabat, pedindo reformas na saúde e educação e criticando gastos públicos com estádios para a Copa do Mundo FIFA 2030. Plataformas como TikTok e Discord têm sido ferramentas essenciais para coordenação.
Segundo especialistas, esses movimentos representam um marco na história política africana: uma geração conectada, informada e disposta a desafiar governos falidos. Para analistas, esses protestos são mais do que mobilizações pontuais, são um “acerto de contas” com governos que não atendem às demandas básicas da população jovem.