África precisa de US$ 114 bilhões para enfrentar o coronavírus

Credores oficiais já mobilizaram US$ 57 bilhões, enquanto FMI e Banco Mundial liberaram US$ 18 bilhões cada

Os países africanos precisam de US$ 114 bilhões para enfrentar a pandemia, segundo estimativa do Banco Mundial e do FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgada nesta sexta (17).

As duas instituições convocaram líderes de países da África na última sexta para estimular ações mais rápidas na resposta contra o novo coronavírus.

Os credores oficiais, como agências de fomento de países desenvolvidos, já mobilizaram mais de US$ 57 bilhões para a África, além mais de US$ 18 bilhões do FMI e do Banco Mundial, cada. Credores privados, como bancos, podem somar mais US$ 13 bilhões ao total disponibilizado para o continente.

África deve precisar de US$ 114 bilhões para enfrentar novo coronavírus (Foto: Eskinder Debebe/ UN Photo)

“Essa pandemia já está tendo um impacto devastador na África e os efeitos se aprofundarão à medida que a taxa de infecção aumentar. Um grande buraco financeiro continua e precisamos de um suporte maior para garantir que os países africanos respondam efetivamente à crise de saúde e enfrentem os desafios econômicos”, afirmou Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.

As Nações Unidas prometerem ainda apoio contínuo aos países africanos e parceiros bilaterais reafirmaram o compromisso de suspender o serviço da dívida externa dessas nações a partir de 1º de maio.

Nações Unidas

A ONU é uma das grandes aliadas da África contra o Covid-19. As Nações Unidas vem tomando medidas frequentes para minimizar o impacto da pandemia no continente. Em Nairóbi, por exemplo, foram instaladas estações de higienização em assentamentos informais.

Já a Unicef entregou na Nigéria testes, equipamentos de proteção individual, respiradores, vacinas, kit de emergência, entre outros materiais essenciais no combate ao vírus.

No Congo, a Agência da ONU para Refugiados chama atenção para o deslocamento de milhares de pessoas devido à violência no país. Ataques recentes levaram ao deslocamento de mais de 35 mil pessoas nas últimas semanas. O país tem ainda com meio milhão de refugiados.

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