Agências da ONU emitem alerta para a ameaça do ciclone Freddy em Moçambique

Dez ciclones poderão atingir o país africano até abril deste ano, e cinco têm potencial para gerar consequências arrasadoras

Agências das Nações Unidas, o governo de Moçambique e parceiros estão preocupados com o potencial impacto do ciclone Freddy sobre o país. A tempestade saiu de Madagascar e deve atingir neste fim de semana o território moçambicano, segundo serviços de meteorologia. Uma equipe multissetorial de emergência está por lá para eventualidades.

Marta Guivambo, coordenadora adjunta de emergência do PMA (Programa Mundial de Alimentos) em Moçambique, afirma que a agência continua a monitorar a situação.

“O PMA trabalha em estreita colaboração com as autoridades provinciais, participando nas atividades de coordenação e também nas diversas avaliações que ocorrem a nível local para responder a potenciais eventos. O PMA vai continuar a monitorar a situação junto com governo e a partilhar esta informação com os outros atores relevantes na sua área de atuação”, disse ela

No início do ano, o Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (Inam) anunciou que dez ciclones poderão atingir o país até abril deste ano, sendo que cinco deles têm potencial para gerar consequências arrasadoras.

Alagamento causado pela tempestade tropical Ana em Moçambique (Foto: Unicef)
Tendas e kits

Enquanto Moçambique se prepara para os impactos do ciclone Freddy, os esforços de resposta continuam após as cheias da província de Maputo. O Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) forneceu ao governo cerca de 2,5 mil kits de dignidade e tendas para clínicas de saúde temporária.

Recentemente, o PMA disponibilizou ao governo e aos parceiros humanitários um apoio logístico, incluindo o destacamento do veículo anfíbio “Sherp” e do helicóptero “Unhas”, o que permitiu avaliações rápidas de impacto das zonas mais afetadas.

As fortes chuvas que atingiram a região sul de Moçambique entre 7 e 11 de fevereiro causaram inundações generalizadas e danos estruturais, principalmente na cidade de Maputo e província de Maputo.

Cerca de 43 mil pessoas, o equivalente a nove mil famílias foram afetadas pro essas chuvas. Há 16.588 pessoas deslocadas, com dez mortes confirmadas até 22 de fevereiro. E cerca de 40 mil hectares de terras agrícolas foram afetados.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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