A Etiópia, país da África Oriental, se tornou um centro de trânsito de equipamentos médicos que tem como destino a América Latina. Os países da região vem relatando dificuldade em obter equipamentos necessários para o combate contra o novo coronavírus. As informações são do jornal britânico Financial Times.
No Maranhão, por exemplo, o governo recorreu à Etiópia após ter duas cargas de respiradores comprados na China serem apreendidos durante reabastecimento na Europa e nos Estados Unidos.
O mesmo problema teria acontecido com o governo de São Paulo, que agora recorre a outra alternativa, que não foi revelada pelas autoridades.
Uma das aliadas no transporte de equipamentos e suprimentos tem sido a companhia aérea Ethiopian Airlines, uma das principais fontes de recursos estrangeiros para o país e considerada a melhor empresa do setor na África.
Para se manter operante mesmo durante a crise do Covid-19, a Ethiopian Airlines tem oferecido descontos para clientes que fazem transporte de cargas. Enquanto o número de passageiros caiu 80%, a carga dobrou desde o início da pandemia.
A Ethiopian Airlines tem feito entregas no Chile, Colômbia e no Equador e tem planos para voar para a Argentina e para o Peru. A companhia converteu ainda aviões de passageiros para o transporte das mercadorias, aumentando a capacidade da empresa.