Ao menos 60 militantes do Al-Shabaab foram mortos em uma explosão de bomba na vila de Ala-Futow, ao sul da Somália, nesta segunda (7). O artefato explodiu por acidente durante a fabricação no esconderijo do grupo armado.
Conforme comunicado do Exército Nacional Somali, ao qual o jornal queniano “Nation” teve acesso, entre os mortos estão especialistas em bombas do Al-Shabaab e integrantes estrangeiros.

Pouco depois de a bomba explodir, as forças somalis realizaram uma operação na região de Kurtunwarey, onde fica a aldeia, para destruir um veículo usado pelos terroristas do Al-Shabaab na detonação de outros artefatos.
No mesmo comunicado, o exército do país africano, fragilizado pela insurgência jihadista, prometeu intensificar as operações de segurança nas regiões centro e sul do país.
Os extremistas controlam áreas no sul da Somália, onde é comum que soldados de paz da UA (União Africana) sejam atacados em emboscadas e bombardeios. Dados apontam que o Al-Shabaab esteve em 440 episódios violentos no país entre julho e setembro do ano passado – o maior número desde 2018.
Sem as tropas norte-americanas, restam o Catar e a Turquia como aliados estrangeiros. A nação do Golfo Pérsico oferece dinheiro e ajuda humanitária, enquanto a Turquia treina cerca de 10 mil soldados.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.