ONU condena ataque a igreja que matou pelo menos 12 pessoas na RD Congo

Violência ocorreu durante culto e deixou 50 feridos. Investigações apoiadas pelas Nações Unidas foram abertas para apurar a autoria

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou veementemente o ataque a uma igreja em Kasindi, província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo, ocorrido no domingo (15).

Pelo menos 12 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas durante a explosão dentro do templo onde ocorria o culto.

Em nota, o porta voz do chefe da ONU, Stéphane Dujarric, expressou suas profundas condolências às famílias enlutadas, ao povo e ao governo congoleses e desejou pronta recuperação aos feridos.

António Guterres enfatizou a necessidade de levar os autores do ataque à Justiça. Ele contou que o Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (Unmas) está apoiando a RD Congo na investigação do atentado.

O secretário-geral afirmou que a ONU continuará a apoiar o governo congolês e a sociedade em seus esforços para paz e estabilidade no leste do país.

Tropas de paz da Monusco patrulham Ituri, na RD Congo (Foto: Divulgação/Monusco)

A Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) também condenou o “ataque covarde e desprezível” contra a igreja.

A Monusco expressou seus pêsames às famílias das vítimas, ao povo congolês e ao governo. A Missão está ajudando a evacuar os feridos em coordenação com as autoridades congolesas e disse que “não poupará esforços ao lado das forças de segurança e defesa congolesas e das autoridades para neutralizar os autores desses atos de terror”.

Ataque na Índia

Segundo agências de notícias, um outro incidente envolvendo ataques a igrejas cristãs ocorreu num vilarejo na região central Índia, na primeira semana do mês. O local foi destruído num atentado que se soma a uma série de ataques contra a comunidade cristã minoritária no país.

As Nações Unidas lembram que a liberdade religiosa é prevista na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Para a ONU, a defesa desses direitos desempenha um papel importante na luta contra todas as formas de intolerância e discriminação baseadas em religião ou crença.

Por meio da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, formada em 2005, a organização reconhece a importância do diálogo intercultural e inter-religioso na promoção da tolerância.

Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News

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