ONU: RD Congo registra milhares de deslocados após ataques que mataram 57

Muitos deslocados foram forçados a fugir várias vezes com medo de novos ataques, levando apenas a roupa do corpo.

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) pediu ação urgente para o aumento da segurança e a proteção aos civis na região de Ituri, no leste da República Democrática do Congo.  

Na segunda-feira, pelo menos 57 pessoas foram assassinadas em vilarejos perto das cidades de Boga e Tchabi, em ataques do grupo armado Forças Democráticas Aliadas (ADF). Sete crianças estão entre as vítimas do ataque. 

Roupas do corpo  

Em nota, a agência da ONU lembrou do respeito ao caráter humanitário dos locais de deslocamento. Muitos dos afetados foram forçados a fugir várias vezes, com medo de novos ataques. Milhares de pessoas levavam apenas a roupa do corpo. 

RD Congo registra milhares de deslocados após ataques que mataram 57
Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri (Foto: Divulgação/Monusco)

Na mata, vários deslocados dormem a céu aberto, apesar de a maioria ter sido recebida por famílias já com poucos recursos. A insegurança levou outra parte deles a buscar refúgio em igrejas superlotadas. 

As atividades foram temporariamente suspensas nos centros de saúde. Os funcionários tiveram que ser transferidos para Bunia, a capital provincial de Ituri.  

Deslocados

A Acnur realça que as instalações de uma das entidades parceiras foram saqueadas, deixando milhares de pessoas sem ajuda essencial. No terreno, equipes da agência da ONU avaliam as necessidades dos deslocados e da comunidade anfitriã.  

O chefe humanitário da ONU na RD Congo, David McLachlan-Karr, condenou os ataques e as violações do Direito Internacional Humanitário. 

Os conflitos e a violência na província de Ituri já deslocaram 1,6 milhão de pessoas desde que o final de 2017.    

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