Após Boeing, russos e chineses manifestam interesse na Embraer

Índia, China e Rússia teriam avaliado cooperação com a empresa brasileira em projetos de aviação comercial

Fabricantes de aeronaves da China e da Rússia estão rondando a Embraer. O interesse surgiu após a Boeing desistir dos planos de realizar a fusão na área de aviação comercial. As informações são da agência de notícias Reuters.

Depois do fim da negociação entre as duas empresas, em abril, as ações da brasileira subiram cerca de 8%. A Boeing previa a compra de 90% da unidade comercial da Embraer.

Agora, estão no páreo a estatal chinesa Comac e a russa Irkut, que oficialmente nega interesse. A Índia, potência aeroespacial na área de defesa, tem sinalizado de maneira informal interesse em uma parte da Embraer.

Embraer atrai investimento estrangeiro após ruptura com a Boeing
A aeronave Embraer 190 durante apresentação (Foto: Antônio Milena/ABr)

Planos

Tanto a China quanto a Rússia estão desenvolvendo um avião para competir com a Airbus e a Boeing. A meta é abrir espaço no disputado mercado de aeronaves com 150 assentos.

Um acordo com a Embraer significaria mais recursos de engenharia e apoio global. Em contrapartida, criaria competição com jatos menores e comercialmente menos bem-sucedidos já desenvolvidos pelos dois países.

Na Índia, há potencial demanda para o desenvolvimento de um jato regional de 80 a 90 lugares, categoria liderada pela Embraer. O plano do primeiro-ministro Narenda Modi seria expandir o serviço aéreo para cidades menores.

A empresa brasileira também é vista como uma oportunidade única para a Índia reequilibrar as suas ambições aeroespaciais diante da rival China.

Funcionários do governo indiano e um think tank estão preparando uma estratégia em relação à Embraer, mas ainda não houve abordagem oficial sobre o assunto.

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