Compromisso dos EUA em pôr fim à guerra no Iêmen é reiterado em reunião em Washington

Casa Branca saúda o progresso no país arrasado pela guerra desde a trégua estabelecida em abril passado, diz conselheiro de Segurança Nacional

Na segunda-feira (15), o conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, reiterou o compromisso do país em acabar com o conflito no Iêmen durante um encontro com o enviado especial da ONU (Organização das Nações Unidas) para o país árabe, Hans Grundberg, na Casa Branca.

De acordo com um comunicado divulgado pelo governo norte-americano, a reunião teve como objetivo discutir estratégias para buscar uma solução política e promover a estabilidade na região assolada pela guerra.

“O Sr. Sullivan destacou o compromisso do presidente Biden em acabar com a guerra no Iêmen. Ele saudou o progresso notável desde que a trégua mediada pela ONU entrou em vigor em abril do ano passado, levando ao período mais tranquilo que os iemenitas tiveram desde o início da guerra, quase uma década atrás”, disse Grundberg.

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O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, em palestra ao Asia Society Policy Institute, Nova York, maio de 2016 (Foto: Divulgação/Asia Society/Ellen Wallop)

Durante o encontro, Sullivan e Grundberg abordaram a relevância do apoio contínuo para aliviar a crise humanitária no Iêmen. Ambos concordaram em manter uma comunicação próxima à medida que os esforços prosseguem, transitando de uma trégua para um processo político abrangente e inclusivo, sob liderança da ONU.

O Iêmen vive uma guerra civil que começou no final de 2014, após o grupo rebelde dos houthis, alinhado ao Irã, expulsar o governo da capital Sanaa. Uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita interveio a favor dos antigos governantes, acusados de corrupção pelos militantes de oposição.

Os iemenitas esperam uma resolução para a crise e os conflitos após o acordo de 6 de abril entre o Irã e a Arábia Saudita, que marcou a retomada das relações após sete anos.

crise humanitária reflexo do conflito é uma das mais graves do mundo, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Cerca de dois milhões de civis migraram para cerca de 140 alojamentos improvisados no meio do deserto. O acesso a alimentos e água potável é escasso.

Mais de 13,6 mil moradores já deixaram Marib temendo a onda de violência que pode se instalar na cidade. Há relatos de que os houthis recrutam menores – em especial crianças – para a linha de frente das batalhas e para esgotar as munições das forças adversárias.

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