Na quinta-feira (15), o Iraque adiou o anúncio de uma data final para a presença da coalizão militar liderada pelos EUA devido a “recentes acontecimentos”, criando dúvidas sobre o futuro da presença militar americana no Golfo, especialmente com o aumento das tensões na região. As informações são da CNN.
A Comissão Militar Superior do Iraque havia planejado anunciar uma data final para a Operação Inherent Resolve (“determinação inerente”), a missão norte-americana contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
“Estávamos muito perto de anunciar este acordo, mas devido aos acontecimentos recentes, o anúncio do fim da missão militar da coalizão internacional no Iraque foi adiado”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Iraque, sem dar mais detalhes sobre os “acontecimentos recentes”.

A decisão de adiar o anúncio ocorre em um contexto de tensões regionais e preocupações sobre uma possível escalada, especialmente devido às ameaças iranianas em resposta ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder do Hamas. O Irã culpa Israel pelo assassinato, que não confirmou nem negou a responsabilidade.
Enquanto alguns acreditam que é o momento para a coalizão se retirar do Iraque, outros destacam a importância de manter a “presença de segurança americana” para proteger a estabilidade do país.
Milícias apoiadas pelo Irã no Iraque estão pressionando o governo xiita a remover as tropas americanas do país. Desde 7 de outubro, várias milícias intensificaram os ataques contra locais dos EUA no Iraque, alegando apoiar a população da Faixa de Gaza e considerando Washington um aliado importante de Israel. Em resposta, os EUA realizaram ataques aéreos de retaliação contra esses grupos no Iraque.
Atualmente, os EUA mantêm cerca de 2,5 mil soldados no Iraque, desempenhando um papel de “aconselhamento e assistência” desde dezembro de 2021, quando os militares dos EUA declararam o fim de suas operações de combate no país.