Líder de grupo supremacista branco procurado pelo FBI é preso na Romênia

Após fugir dos EUA, onde promoveu violência em atos políticos entre 2016 e 2018, Robert Paul Rundo vinha disseminando a supremacia branca em países da Europa

O líder de um grupo neonazista sediado na Califórnia e procurado pelo FBI (polícia federal dos EUA) por supostamente promover a violência em comícios políticos foi detido na quarta-feira (29) pela polícia da Romênia na capital, Bucareste. As informações são da rede Radio Free Europe.

Robert Paul Rundo, fundador do Rise Above Movement (RAM), é acusado de conspiração por supostamente se envolver “em uma série de ataques violentos em comícios políticos”. Ele também é suspeito de promover a ideologia da supremacia branca nos últimos três anos na Sérvia, Bulgária e Hungria.

Robert Paul Rundo em 2017 (Foto: Twitter/Reprodução)

Rundo teria agredido várias pessoas em dois comícios nos Estados Unidos, incluindo um policial. As acusações referem-se a atividades ocorridas entre dezembro de 2016 e outubro de 2018.

Os membros do RAM, que se descrevem como um “clube de MMA (artes marciais mistas) da direita alternativa” acreditam que estão lutando contra um mundo moderno corrompido pelas “influências culturais destrutivas” de liberais, judeus, muçulmanos e imigrantes não-brancos.

“O suspeito é um dos fundadores de uma organização que apoia a ideologia da supremacia branca, que se apresentou publicamente como um grupo pronto para lutar, fazendo campanha por um novo movimento nacionalista de supremacia e identidade branca”, disse a polícia romena em declaração.

Em entrevista concedida a um podcast neonazista em setembro de 2020, Rundo usou linguagem antissemita ao citar o livro de Adolf Hitler ‘Mein Kampf’, e afirmou que deixou os Estados Unidos por causa do “assédio contínuo das autoridades americanas”.

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