ONU: América do Sul transforma-se livre de tabaco em lugares públicos

Paraguai é último país a proibir consumo em locais fechados; fumo é a principal causa evitável de morte do mundo

Este conteúdo foi publicado originalmente na agência ONU News, da Organização das Nações Unidas

A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) felicitou o Paraguai por proibir o uso de produtos de tabaco em espaços públicos fechados bem como em áreas externas lotadas. 

Com o decreto, aprovado em dezembro, o país juntou-se às demais nações sul-americanas no cumprimento da Convenção-Quadro da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o Controle do Tabaco. 

Conforme a diretora da Opas, Carissa Etienne, o país deu um grande passo para proteger seus cidadãos das consequências para a saúde, assim como sociais, ambientais e econômicas do fumo e da exposição à fumaça do tabaco.

Pelo novo decreto, fumar cigarros, normais ou eletrônicos, só fica permitido em espaços públicos abertos e que não sejam áreas de trânsito para não fumantes. 

ONU: América do Sul transforma-se em região livre de tabaco em lugares públicos
Fumante em local desconhecido (Foto: CreativeCommons)

Questão de saúde pública 

Para a chefe do Secretariado da Convenção-Quadro da OMS sobre o tema, Adriana Blanco, este é um grande momento não só para a saúde dos paraguaios, mas para toda a região da América do Sul.

“Ambientes livres de fumaça protegem as pessoas da exposição ao tabaco”, afirmou Blando. “Além disso, também encorajam fumantes a largarem o vício e desanimam indivíduos de consumir tabaco, principalmente jovens”, afirmou.

Segundo o Ministério da Saúde do Paraguai, 3 mil pessoas morrem no país todos os anos devido a doenças associadas ao tabaco. Além disso, a pandemia de Covid-19 demonstrou as consequências do uso do tabaco na saúde. 

O tabaco é a principal causa evitável de morte em todo o mundo. Segundo a OMS, mata cerca de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 40% dos óbitos relacionados ao tabaco têm origem em doenças pulmonares como câncer, enfermidades respiratórias crônicas e tuberculose. 

Cerca de 3,3 milhões de consumidores e pessoas expostas ao fumo passivo morreram de doenças pulmonares em 2017. O fumo passivo tira a vida de mais de 60 mil crianças com menos de cinco anos.

Aquelas que vivem até a idade adulta estão mais propensas a desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica em períodos posteriores do seu desenvolvimento. 

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