ONU: Aumentam relatos de violência policial contra manifestantes na Colômbia

Pelo menos 14 pessoas morreram nos protestos contra a reforma tributária desde 28 de abril em várias cidades da Colômbia

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

O Escritório da Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU está profundamente alarmado com a violência em Cali, na Colômbia, onde a polícia abriu fogo contra os manifestantes que protestavam contra as reformas tributárias no país. 

Falando a jornalistas em Genebra, a porta-voz Marta Hurtado disse que o Escritório está trabalhando para verificar o número exato de vítimas. “Queremos saber como esses terríveis incidentes aconteceram”, disse. 

Desde o início das manifestações, o Escritório de Direitos Humanos da ONU tem recebido denúncias de pelo menos 14 mortes durante os protestos em diferentes partes da Colômbia. Entre eles está um policial. 

ONU: Aumentam os relatos de violência policial contra manifestantes na Colômbia
Protestos contra a reforma tributária e a favor da reforma à educação da Colômbia, em Cali, abril de 2011 (Foto: Divulgação/Danieland)

Defensores dos direitos humanos também relataram perseguição e ameaças. Hurtado disse que o Escritório sente “profundo choque” e envia sua solidariedade aos feridos e suas famílias após a onda de violência nos protestos da Colômbia.

Na segunda (2), o presidente anunciou a retirada do projeto de reforma tributária do Congresso, mas os protestos iniciados em 28 de abril continuam. A maioria dos protestos até agora foi pacífica.  

Soldados e policiais foram destacados para patrulhar o protesto. O Escritório da ONU está pedindo calma. A porta-voz lembrou às autoridades estatais sua responsabilidade de proteger os direitos humanos, inclusive o direito à vida e à segurança pessoal. As forças também devem facilitar o exercício do direito à liberdade de reunião pacífica. 

Segundo a lei internacional, os policiais devem obedecer aos princípios de legalidade, precaução, necessidade e proporcionalidade ao policiar manifestações. Armas de fogo só entram como medida de último recurso contra uma ameaça iminente à vida ou lesões graves. 

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