Washington declara mais cidadãos americanos como ‘injustamente detidos’ na China

Em uma sessão no Congresso dos EUA, parlamentares e testemunhas argumentaram que o governo deve ampliar a lista de cidadãos americanos considerados "injustamente detidos" por Beijing

Uma audiência focada na libertação de cidadãos americanos detidos pelo governo chinês ressaltou as razões para os Estados Unidos ampliarem sua lista de cidadãos considerados injustamente presos na China, com o objetivo de priorizar seu retorno. As informações são da rede Voice of America (VOA).

Durante a sessão no Congresso nesta semana, parlamentares e testemunhas defenderam que o governo americano deveria aumentar o número de cidadãos classificados como “injustamente detidos” na China.

O representante Chris Smith, presidente da Comissão Executiva do Congresso sobre a China, afirmou que mais americanos devem ser reconhecidos como “injustamente detidos” pelo Departamento de Estado. Ele destacou a falta de transparência do sistema judicial chinês, que detém arbitrariamente tanto estrangeiros quanto cidadãos chineses.

Congresso dos EUA (Foto: WikiCommons)

O Departamento de Estado dos EUA reconheceu oficialmente três americanos como “injustamente detidos” na China. Entre eles estava o pastor David Lin, recentemente libertado por Beijing. Os outros dois são Kai Li, empresário de Long Island, detido em 2016 e condenado por espionagem em 2018, e Mark Swidan, empresário do Texas, preso em 2012 por acusações de drogas, embora seus apoiadores afirmem que ele não estava na China no momento do suposto crime.

Organizações de direitos humanos estimam que mais cidadãos americanos estão detidos injustamente na China. O grupo Dui Hua acredita que cerca de 200 americanos estão sob medidas coercitivas no país, com mais de 30 impedidos de sair. Já a James W. Foley Legacy Foundation, que busca a libertação de americanos no exterior, avalia que 11 cidadãos estão detidos injustamente na China, incluindo aqueles submetidos a proibições de saída.

Os EUA avaliam se seus cidadãos são detidos “ilegalmente ou injustamente” por governos estrangeiros ou atores não governamentais com base em critérios estabelecidos pela Lei Levinson, sancionada em 2020. Esses critérios incluem, entre outros, se a pessoa está sendo detida para influenciar a política norte-americana, a ausência de devido processo legal, sentenças desproporcionais, ou se a detenção ocorre devido às conexões do indivíduo com os EUA, conforme explicou um porta-voz do Departamento de Estado à reportagem.

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