As Nações Unidas recomendaram ao governo do Sri Lanka a divulgação dos inquéritos sobre os ataques a bomba ocorridos em 2019 e que mataram mais de 270 pessoas no país.
Em comunicado divulgado na quarta-feira (18), o Escritório de Direitos Humanos afirmou ainda que o governo deve indenizar todas as famílias das vítimas dos atentados praticados contra igrejas e hotéis no Domingo de Páscoa no país asiático.
O comentário foi feito após a decisão da Suprema Corte do Sri Lanka de condenar funcionários do Estado, incluindo um ex-presidente, a compensar as famílias das vítimas estabelecendo a verdade para assegurar a justiça.
tribunal cingalês considerou que o ex-presidente do país Maithripala Sirisena, o ex-secretário da Defesa e dois oficiais de inteligência e segurança violaram os direitos fundamentais ao não prevenir os ataques.
A Corte expressou choque e tristeza pela falta de ação e supervisão das forças de segurança e inteligência. Para o tribunal, os líderes do Sri Lanka falharam porque já havia indícios de que os ataques aconteceriam.
Eles foram obrigados a pagar, de seus próprios bolsos, quase US$ 850 mil aos parentes dos que morreram e aos sobreviventes do ataque.
Sofrimento das vítimas
Para o Escritório de Direitos Humanos da ONU embora nenhuma compensação possa acabar com o sofrimento das vítimas e dos parentes, a decisão é um passo adiante na busca das famílias por reconhecimento da grande perda sofrida e do direito de cada uma delas por justiça e verdade.
Numa sentença anterior, a Corte Suprema já havia decidido que o processo contra o atual presidente, que na época dos ataques era o primeiro-ministro do Sri Lanka, não poderia continuar por causa do foro privilegiado que ele tem na atual função.
Para o Escritório de Direitos Humanos da ONU embora nenhuma compensação possa acabar com o sofrimento das vítimas e dos parentes, a decisão é um passo adiante na busca das famílias por reconhecimento da grande perda sofrida e do direito de cada uma delas por justiça e verdade.
Para a ONU, deve haver uma consulta a cada família sobre a liberação dos fundos de compensação.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News