Sistema utilizados por empresas de TI (tecnologia de informação) e por entidades governamentais da Rússia foram alvo de um ataque que começou no mês de julho e foi atribuído a dois grupos de hackers supostamente ligados ao governo da China. As informações são do site Bleeping Computer.

Os ciberataques foram revelados pela empresa de segurança digital russa Kaspersky, que identificou os grupos agressores como o APT31 e o APT27. Eles utilizaram e-mails com arquivos infectados que, quando abertos, concedem aos agressores acesso aos sistemas.

Os hackers envolvidos na ação são considerados criminosos digitais sofisticados que atuam a serviço do Ministério da Segurança do Estado chinês. Nem o fato de Moscou ser atualmente um importante aliado de Beijing livrou os russos da invasão.

Um dos grupos denunciados, o APT31, foi identificado recentemente como autor de outro ataque, este contra os sistemas do Escritório Federal de Cartografia e Geodésia (BKG, na sigla em alemão) do governo alemão.

A mesma organização foi acusada pelo Departamento de Justiça norte-americano, em março, de realizar uma grande campanha maliciosa que atingiu milhões de pessoas, entre elas legisladores, jornalistas e pesquisadores, bem como entidades, em diversos países. Na oportunidade, o procurador-geral dos EUA, Merrick B. Garland, acusou Beijing de apoiar esse grupo de hackers.

Naquele ataque, eles teriam acessado os cadastros eleitorais de cidadãos britânicos, embora não esteja claro quantas pessoas exatamente tiveram seus dados expostos. Legisladores do Reino Unido também foram atingidos.

Já nos EUA foram afetados funcionários da Casa Branca, dos Departamentos de Justiça, Comércio, Tesouro e Estado, senadores e outros representantes dos dois maiores partidos políticos do país, o Republicano e o Democrata. De acordo com a BBC, os hackers alcançaram “milhões” de norte-americanos.