ONU: Autores de 100 mortes em Mianmar devem ser responsabilizados

Repressão militar imposta no país é inaceitável e deve ser combatida, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONU News, da Organização das Nações Unidas

As Nações Unidas condenaram, nos termos mais veementes, as mortes de dezenas de civis, incluindo crianças e jovens, pelas forças de segurança em Mianmar no sábado (27).

De acordo com agências de notícias, o sábado foi o dia mais sangrento desde o início das manifestações de rua no país do sudeste asiático com pelo menos 100 mortos.

Em nota, o secretário-geral António Guterres disse que a contínua repressão militar é inaceitável e exige uma resposta internacional firme, unificada e resoluta. A violência policial causou o maior número de mortes em um só dia desde o início de fevereiro.

ONU: Autores de 100 mortes em Mianmar devem ser responsabilizados
Cidadão de Mianmar presta homenagem às vítimas dos protestos violentos em fevereiro de 2021 (Foto: Unsplash/Zinko Hein)

As mortes vêm na esteira da crise política em Mianmar, que ressurgiu em 1 de fevereiro quando os militares dissolveram o governo. O exército prendeu a líder da oposição e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, e outros integrantes do governo.

Os militares alegam que houve fraude nas eleições do ano passado. Suu Kyi e seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, foram os vencedores do pleito.

António Guterres reiterou seu apelo urgente aos militares para que evitem violência e repressão. Segundo agências de notícias, pelo menos 400 pessoas já foram mortas em protestos de rua desde a intervenção militar. Para o chefe da ONU, deve haver responsabilização dos autores das graves violações dos direitos humanos em Mianmar.

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