A OMS (Organização Mundial da Saúde) e o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) revisaram nesta quinta (21) um acordo de 1997 que beneficia cerca de 26 milhões de pessoas — 80% delas refugiados em países de baixa e média renda com sistemas de saúde fracos.
O contrato prevê ainda assistência a mais 40 milhões de pessoas deslocadas internamente. Essas pessoas, embora não tenham cruzado fronteiras nacionais, também precisaram deixar suas casas por conta de conflitos.
“A parceria do Acnur com a OMS é essencial para conter o coronavírus e outras emergências”, afirmou Filippo Grandi, chefe do Acnur. “Está melhorando e salvando a vida de milhões de pessoas que foram forçadas a deixar suas casas.”
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que as duas agências têm como compromisso proteger a saúde dessas pessoas e garantir atendimento médico quando necessário.
Fundo de solidariedade
Durante a assinatura do acordo, o Acnur também aderiu ao primeiro fundo de resposta solidária ao Covid-19. O projeto permite que indivíduos, empresas e organizações contribuam diretamente na luta global contra a pandemia do coronavírus.
O fundo foi lançado em 13 de março e tem US$ 214 milhões em seus cofres. Desse total, US$ 10 milhões irão apoiar o trabalho do Acnur com os refugiados. Estão previstos fornecimento de suprimento médico e de higiene e unidades de isolamento contra o vírus em países como Quênia, Sudão do Sul, Uganda, Jordânia e Líbano
UNHCR has joined the #COVID19 Solidarity Response Fund.
It allows individuals, private sector companies and organizations to directly contribute to the global response, led by @WHO, and to help the most vulnerable, who often fall through the cracks. @unfoundation @e_cousens pic.twitter.com/Ra9N88EzEG
— Filippo Grandi (@FilippoGrandi) May 21, 2020