OMS aceita pedido de países por investigação independente

Avaliação tem como objetivo rever a resposta coordenada pela organização na luta contra a Covid-19

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aceitou nesta segunda (18) o pedido da maioria dos países-membros da organização por uma investigação independente sobre como o mundo gerenciou o surto do novo coronavírus. As informações são da agência de notícias Associated Press.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a avaliação será lançada “no momento oportuno”.

A avaliação — solicitada por países africanos, europeus e de outras partes do mundo — busca rever as “lições aprendidas” com a resposta coordenada pela OMS na luta contra o Covid-19, mas não levaria em consideração questões controversas, como o surgimento do vírus.

O presidente norte-americano, Donald Trump, afirma ter provas que sugerem que o coronavírus se originou em um laboratório na China. A comunidade científica tem insistido que o vírus provavelmente passou de animais para humanos.

OMS aceita pedido de países por investigação independente
Diretor-geral da OMS durante discurso em assembleia geral virtual (Foto: OMS/Reprodução)

China versus EUA

Trump também afirma que a OMS dá orientações erradas em relação ao coronavírus e é pouco independente da China. O presidente ameaça cortar de vez o financiamento anual à OMS de US$ 450 milhões para US$ 40 milhões. O valor é o mesmo pago anualmente pelos chineses.

Para frear a disseminação do vírus, o presidente Xi Jinping anunciou o investimento de US$ 2 bilhões em dois anos. No ano passado, houve doação voluntária da China para a OMS de US$ 86 milhões.

Xi insiste que o país tem sido transparente, aberto e responsável quanto a epidemia, que começou na cidade chinesa de Wuhan. O presidente afirmou que a China disponibilizou à OMS e outros países todos os dados relevantes sobre o surto.

O chefe de Estado disse ainda que a China apoia a ideia de uma revisão abrangente da resposta global ao Covid-19. Porém, esta deve ser baseada na ciência e no profissionalismo e conduzida de forma objetiva e imparcial.

Países como Austrália, Reino Unido, Rússia, Canadá e Nova Zelândia também já demonstraram apoio à realização de uma investigação independente.

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