A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, afirmou nesta quarta-feira (15) que o Fundo quer triplicar os financiamentos de concessão para os países pobres.
“Nós temos total apoio dos membros para agir ofensivamente e aumentar a capacidade de financiamento de concessão do FMI. Nosso objetivo é triplicar o que podemos fazer por esses países”, afirmou.
Mais cedo, Georgieva afirmou, por meio de uma declaração aos ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais do G20, que o Fundo buscava “urgentemente US$ 18 bilhões em recursos para novos empréstimos para o Fundo para a Redução da Pobreza e Crescimento”.
Segundo a diretor-gerente do FMI, há consenso para usar os DES (Direitos Especiais de Saque), espécie de “moeda” do FMI para complementar as reservas de países-membros, e permitir mais empréstimos aos países em desenvolvimento. Membros do G20 afirmam ainda não ter acordo sobre o assunto.
Medias de alívio
Nesta segunda-feira (13), o FMI já havia anunciado a aprovação de fundos para aliviar a dívida de 25 países que estão entre os mais pobres do mundo, permitindo a destinação de recursos para medidas de combate à pandemia do coronavírus.
Os países beneficiados pela medida são Afeganistão, Benin, Burkina Faso, República Centro-africana, Chade, Comores, República Democrática do Congo, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Libéria, Madagascar, Malauí, Mali, Moçambique, Nepal, Níger, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Tadjiquistão, Togo e Iêmen.
Com a Covid-19, o FMI estima que ao menos 170 países devem registrar retração de renda per capita em 2020. Antes da pandemia do coronavírus, a previsão do Fundo era de aumento na renda de 160 nações. O prognóstico se aplica para países ricos e pobres.
Cerca de 90 países já pediram financiamento de emergência ao FMI devido ao Covid-19. O Fundo pode emprestar cerca de US$ 1 trilhão, segundo Georgieva.