O número de passageiros internacionais pode cair em até 1,2 bilhão até setembro deste ano por causa da pandemia do novo coronavírus, apontou nesta quarta (22) a Icao (Organização da Aviação Civil Internacional). A projeção considera o ritmo de viagens anterior à pandemia.
As estimativas mostram ainda que a capacidade de viagens internacionais podem cair em até dois terços em relação a previsão inicial para os três primeiros trimestres do ano. Como consequência, a receita das companhias aéreas deve cair entre US$ 160 bilhões e US$ 253 bilhões entre janeiro e setembro deste ano.
A Europa e a Ásia-Pacífico serão as regiões mais afetadas pelos impactos do novo coronavírus na receita das companhias. Em seguida aparece a América do Norte. A Europa também aparece na lista das regiões mais impactadas pela queda no fluxo de passageiros, seguida pela Ásia-Pacífico.
Recuperação no turismo
Apesar da queda brusca no número de viagens, a a OMT (Organização Mundial do Turismo) avalia que a demanda por turismo será uma das responsáveis pela recuperação econômica após o fim da pandemia.
De acordo com a OMT, o turismo mundial pode amargar perdas de US$ 30 bilhões a US$ 50 bilhões em gastos dos turistas. A quantia representa uma queda de 20% a 30% no movimento de turistas esperados para o ano.
Para justificar a expectativa otimista, georgiano Zurab Pololikashvili, secretário-geral da OMT, lembrou que o setor foi resiliente em períodos como o posterior à crise econômica de 2008-2009.
“Nosso setor irá fornecer os empregos necessários para as pessoas se recuperarem e impulsionará o crescimento econômico”, afirmou durante uma entrevista em março.