O mundo registrou na última semana o maior número de novos casos de Covid-19 desde que a pandemia começou, há dois anos, com uma alta global de 71%. Quem afirma é o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus.
Nesta quinta-feira (6), o líder do órgão falou em Genebra, na Suíça, que existe um “tsunami de novos casos” e que as baixas taxas de vacinação em alguns países criaram as “condições perfeitas para o surgimento de novas variantes”. Segundo ele, apesar de a Ômicron ser menos severa do que a Delta, especialmente nas pessoas vacinadas, a cepa “não deve ser classificada como leve”.
Ghebreyesus enfatizou que a “Ômicron está colocando pessoas nos hospitais e está matando pessoas”, com o “tsunami de casos sendo tão rápido que os sistemas de saúde já estão com a capacidade no limite”.
O chefe da OMS afirmou também que a desigualdade na distribuição de vacinas foi uma das “grandes falhas ocorridas no ano passado”. Com a atual taxa de vacinação, 109 países não conseguirão atingir a meta de ter 70% de suas populações imunizadas até o começo do mês de julho, o que contribui para mortes e desemprego e prejudica a recuperação econômica global.
Ghebreyesus fez um apelo para todas as pessoas exigirem dos governos e da indústria farmacêutica a partilha de dados de saúde ligados a testagem e produção de vacinas, para que se possa acabar com a “destruição causada pela pandemia”.
A epidemiologista da agência Maria Van Kherkov pediu à população global que não desista, destacando que o mundo sairá junto da pandemia, já que existem meios para reduzir a transmissão e fazer com o que o coronavírus deixe de controlar a vida das pessoas.
Segundo dados da OMS, quase 294 milhões de pessoas haviam testado positivo para a Covid-19 até o dia 5 de janeiro, sendo que a doença causou a morte de mais de 5,4 milhões. No mundo todo, já foram administradas mais de 9 bilhões de doses da vacina.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News