Trump ameaça suspender de vez verba para OMS

Em carta divulgada nas redes sociais, presidente dos EUA se queixa de "falta de independência" da China

O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou nesta segunda (18) suspender de forma permanente a verba enviada todos os anos pelos EUA à OMS (Organização Mundial da Saúde).

Em carta publicada nas redes sociais de Trump, a Casa Branca afirma que há uma “alarmante falta de independência [do órgão] da República Popular da China“.

O governo norte-americano têm feito reiteradas críticas ao que avalia como omissão da OMS nos primeiros dias da crise sanitária global.

Entre os problemas citados na carta estão a demora em informar os países de que havia transmissão entre humanos do novo coronavírus e de declarar a Covid-19 como uma pandemia.

A carta de Trump afirma que, “se a OMS não se comprometer com gigantescas melhorias nos próximos 30 dias, eu vou transformar meu congelamento temporário dos recursos permanente e reconsiderar nossa filiação à organização”.

Trump ameaça suspender de vez verba para OMS
O presidente norte-americano Donald Trump na Assembleia-Geral da ONU de 2019 (Foto: UN Photo)

Entre as mudanças pedidas por Trump estão demonstrações de “independência” dos chineses.

Financiamento

O presidente norte-americano encerra a missiva afirmando que não “permitirá que os dólares dos contribuintes continuem financiando uma organização que, em seu estado presente, claramente não serve aos interesses americanos”.

Os EUA enviam uma verba, por ano, de cerca de US$ 400 milhões para a OMS. A China contribui com cerca de 10% desse valor. O rateio entre os membros é feito com base na população e na riqueza de cada país. Também há aportes voluntários.

No mês passado, o norte-americano já havia suspendido o financiamento para a entidade. A alegação foi semelhante: excessiva reverência à China e disparidade entre os recursos enviados pelos dois países.

Desde o início da presidência de Trump, os EUA já se opuseram ao acordo mundial do clima e à OMC (Organização Mundial do Comércio). Também nesses casos, o entendimento dos norte-americanos era o de que estavam em desvantagem.

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