O retorno dos migrantes a seus países de origem pode causar impacto social e econômico grave, alertou a OIT (Organização Internacional do Trabalho) nesta quarta (24).
Isso porque o regresso tem acontecido em curto período de tempo e, em muitos países, sem assistência de reintegração por parte dos governos. São 164 milhões de trabalhadores migrantes em todo o mundo, metade deles mulheres, segundo a agência da ONU.
Com o fechamento generalizado de postos de trabalho durante a pandemia, governos sobretudo da Ásia e da África terão de lidar com o retorno de parte dos emigrados diante de um mercado de trabalho que já era frágil antes da crise.
A organização aponta ainda preocupação em relação à perda de renda por esses trabalhadores, o que os impede de comprar alimentos ou garantir abrigo. Em muitos casos, por viverem em locais pequenos, é impossível manter o distanciamento social.
Fatores positivos
Caso o problema da oferta de emprego for endereçado elas autoridades locais, o retorno para casa pode ser positivo. O regresso dessa “fuga de cérebros” abre caminho para novas possibilidades de recuperação mais dinâmica da economia.
Para que o potencial desses trabalhadores seja aproveitado, a OIT aponta a necessidade de estabelecer um sistema de reintegração desses migrantes.
Essas medidas também podem ainda evitar a estigmatização dessas pessoas, seja por conta do vírus ou por serem vistos como ameaça aos que procuram emprego no país.