ONU: Novo estudo da Unesco promove transparência em conteúdos para internet

Meta de estudo é melhorar proteção de direitos humanos na internet; material traz alternativa de consenso entre extremos

Este conteúdo foi publicado originalmente no portal ONUNews, da Organização das Nações Unidas

Aumentar a transparência ao produzir conteúdos publicados por empresas da internet é a meta de um novo estudo da Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura).

A ideia é ter uma alternativa entre a regulamentação excessiva de conteúdos, que limita direitos humanos, e uma abordagem liberal gerando conteúdos problemáticos, incentivando o discurso de ódio e a desinformação.

A agência apresentou o novo resumo Deixando o Sol brilhar: Transparência e Responsabilidade na Era Digital, em tradução livre. Uma consulta global coletará dados sobre o assunto nos próximos meses.

ONU: Novo estudo da Unesco promove transparência em conteúdos para internet
Jovens usam a internet em espaços públicos em Jakarta, Indonésia, maio de 2017 (Foto: Divulgação/Unsplash/ Muhammad Raufan Yusup)

Junto a várias partes interessadas se pretende que empresas, reguladores e especialistas promovam e protejam os direitos humanos no ambiente digital. Outra expectativa é gerar recomendações sobre ética na inteligência artificial.

A obra do especialista em política da internet, Andrew Puddephatt, coincide com o debate sobre o poder das empresas do ramo em esferas econômica, social e política, além de seu papel no contexto das comunicações. 

Dados pessoais 

O estudo da Unesco incentiva estes negócios a adotar uma visão comum, desenvolvendo princípios focados em resultados. Estas medidas poderiam ser aplicadas em toda a indústria, independentemente da dimensão, do modelo e engenharia das empresas que têm a internet como plataforma. 

Os 65 princípios da obra cobrem desde os conteúdos ao processo de produção até áreas como indenização e capacitação. Outras dimensões comerciais, coleta, uso e acesso a dados também estão inclusos.  

Da lista também fazem parte o reconhecimento por estas empresas da obrigação de se proteger os direitos humanos e do dever de ter maior transparência sobre possíveis atuações em contextos eleitorais ou países em conflito. 

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