Chefe da União Europeia apela por desescalada das tensões no Oriente Médio

Josep Borrell afirmou que a comunidade internacional precisa manter a "pressão em favor de uma paz ampla na região"

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, apelou nesta quinta-feira (12) para que todos os envolvidos no Oriente Médio diminuam as tensões militares. As informações são da Associated Press.

Durante uma coletiva de imprensa ao lado do ministro das Relações Exteriores libanês, Abdallah Bou Habib, em Beirute, Borrell expressou preocupação com o impacto negativo que os conflitos na região, como os na Síria e na Palestina, têm causado ao Líbano.

O alto representante da União Europeia, Josep Borrell, em pronunciamento ao Parlamento Europeu em outubro de 2019 (Foto: European Union)

Borrell destacou que o povo libanês deseja e busca estabilidade, paz e desenvolvimento, reafirmando o apoio da União Europeia a essa causa.

“É essencial reduzir as tensões militares, e aproveito esta ocasião para apelar a todas as partes que sigam por esse caminho”, afirmou o chefe da UE. Ele acrescentou ainda que “a guerra nunca é inevitável; ela depende da vontade de ser evitada”.

Borrell destacou que a comunidade internacional deve continuar a “pressionar por uma paz abrangente na região”, explicando que, para ele, “a segurança de Israel está diretamente ligada à capacidade dos palestinos de alcançar um futuro com seu próprio estado e liberdade”.

O representante da UE reconheceu que não possui uma “varinha mágica” para solucionar todos os problemas, mas afirmou ter “vontade política” para empregar os meios diplomáticos e recursos financeiros disponíveis a fim de influenciar os atores envolvidos a cessar a guerra, evitar uma escalada de violência e buscar um acordo de paz, começando por um cessar-fogo em Gaza.

Israel mantém sua ofensiva em Gaza desde o ataque do Hamas em outubro, apesar da resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato.

De acordo com autoridades locais de saúde, mais de 41.100 pessoas, predominantemente mulheres e crianças, perderam a vida, e mais de 95.100 ficaram feridas.

A ofensiva israelense resultou na deslocação de quase toda a população do território, em meio a um bloqueio contínuo que causou uma grave escassez de alimentos, água potável e medicamentos.

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