General polonês é demitido após minas militares desaparecidas serem encontradas em loja de móveis

As autoridades militares abriram uma investigação após confirmar o desaparecimento de cinco pedestais contendo minas terrestres que estavam sendo transportados por trem

Em um episódio que mistura segurança nacional e logística desastrosa, o ministro da Defesa da Polônia anunciou a demissão do major-general Artur Kepczyński, chefe da Inspetoria de Apoio das Forças Armadas, após uma série de irregularidades envolvendo o desaparecimento de minas antitanque. A revelação do caso, amplamente repercutida pela mídia local, trouxe à tona falhas no gerenciamento de armamentos estratégicos e expôs lacunas na supervisão militar. As informações são do site Politico.

Segundo o portal Onet, o caso remonta a junho de 2024, quando um trem carregando mais de mil toneladas de explosivos, incluindo minas antitanque, enfrentou problemas para descarregar parte do material. As minas seguiram circulando pelo país até desaparecerem. Registros falsificados teriam sido usados para mascarar a quantidade de armas em trânsito, intensificando o mistério sobre seu destino final.

Minas antitanque (Foto: WikiCommons)

O caso ganhou um desdobramento inusitado quando as armas foram encontradas meses depois em um depósito da rede IKEA, uma conhecida loja de departamentos. A descoberta só veio à tona quando funcionários do local entraram em contato com as autoridades militares para perguntar “quando as minas seriam recolhidas”.

Investigação em andamento

Em um comunicado publicado no X, o Ministério da Defesa confirmou a demissão de Kepczyński: “Por decisão do Ministro da Defesa, o Chefe da Inspetoria de Apoio, major general Artur Kepczyński, foi removido de suas funções em 9 de janeiro de 2025”.

Embora o texto oficial não esclareça os motivos da destituição, fontes próximas ao caso afirmam que o general teria ocultado informações sobre o desaparecimento das minas de seus superiores. O Ministério Público confirmou que investigações foram abertas no ano passado e continuam em curso.

A promotoria está investigando quatro soldados ativos sob suspeita de abandono de função, e eles podem enfrentar penas de até cinco anos de prisão, segundo relatos da mídia internacional.

O papel de Kepczyński na chefia da Inspetoria de Apoio era essencial para a gestão logística das forças armadas, incluindo o transporte e armazenamento de armamentos. A falha no monitoramento e o uso de informações incorretas nos registros levantam questões sobre a eficiência e a segurança do sistema de controle militar no país.

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