Importante membro do Estado Islâmico é preso em operação antiterrorismo na Itália

Serviço de combate ao terrorismo italiano efetuou a prisão após receber a informação de que o jihadista estaria se escondendo no país

A Itália prendeu na última sexta-feira (9) um importante membro do Estado Islâmico (EI), um homem de nacionalidade marroquina. A informação foi confirmada pelo Serviço de Inteligência Interna do Marrocos à agência estatal turca Anadolu.

O serviço de combate ao terrorismo italiano efetuou a prisão após receber a informação de que o jihadista estaria se escondendo no país. Ele seria atuante na Síria e no Iraque, os dois países onde o EI se mantém mais forte, e ingressado na Europa de forma ilegal. Não foram divulgadas a identidade e a função do terrorista dentro do grupo.

Polícia italiana deteve um cidadão marroquino acusado de ser membro do EI (Foto: pixabay.com/)

EI forte na África

Enquanto perde força nos demais continentes, o EI tem fortalecido sua influência na África nos últimos meses. E a Itália torna-se um local visado devido á proximidade geográfica com países africanos através do Mediterrâneo.

Novas alianças e uma mudança de estratégia têm assegurado ao grupo jihadista um importante avanço no continente africano, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

A milícia tem se fortalecido especialmente na Nigéria, em Moçambique, na RD Congo e no Sahel africano. Em seus canais de propaganda, os jihadistas constantemente destacam suas conquistas na África como forma de compensar o enfraquecimento em outras regiões.

Uma estratégia bastante eficiente é o estabelecimento de governos paralelos por parte da milícia. A ideia é oferecer segurança e serviços básicos à população, aumentando o apoio local e reduzindo a influência de governos nacionais fracos, corruptos e ineficientes.

No Brasil

Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.

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