Um ataque na província de Diala, no leste do Iraque, matou três pessoas nesta segunda-feira (21), informou a agência estatal turca Andalou. Nenhum grupo reivindicou a ação, que ocorre em meio a uma escalada da violência por parte do EI (Estado Islâmico) no país.
O violento episódio aconteceu no distrito de al-Azeem, em um posto de fiscalização mantido pelas forças sunitas aliadas ao governo iraquiano. Além dos três civis mortos, quatro combatentes sunitas ficaram feridos.
Os confrontos entre jihadistas e as forças nacionais têm se intensificado nos últimos meses. No sábado (19), em trabalho coordenado pelo serviço de inteligência iraquiano, o ministério de defesa anunciou a prisão de dez militantes do EI em Kirkuk.
De acordo com o órgão, os presos são acusados de dar suporte logístico ao EI. A legislação nacional prevê a pena de morte em casos de envolvimento com grupos terroristas.
EI derrotado
O Iraque vê um crescimento da violência partindo do EI (Estado Islâmico), que concentra suas ações no chamado Triângulo da Morte, entre as províncias de Diala, Saladino e Kirkuk. As forças nacionais têm intensificado o combate à milícia nessa região.
Em 2017, o exército anunciou ter derrotado o EI no Iraque, com a retomada de todos os territórios dominados pela milícia desde 2014. O grupo, que já chegou a controlar um terço do território iraquiano, hoje mantém apenas células adormecidas que lançam ataques esporádicos.
A Turquia, outro país que tem empreendido uma série de ataques ao EI, anunciou na última sexta-feira (18) a prisão de 61 pessoas acusadas de dar suporte ao grupo jihadista. A operação antiterror, coordenada pela Justiça do país, prossegue com a missão de chegar a mais acusados de atuar como financiadores do grupo terrorista.
No Brasil
Casos mostram que o país é um “porto seguro” para extremistas. Em dezembro de 2013, um levantamento do site The Brazil Business indicava a presença de ao menos sete organizações terroristas no Brasil: Al Qaeda, Jihad Media Battalion, Hezbollah, Hamas, Jihad Islâmica, Al-Gama’a Al-Islamiyya e Grupo Combatente Islâmico Marroquino. Em 2001, uma investigação da revista VEJA mostrou que 20 membros terroristas de Al-Qaeda, Hamas e Hezbollah viviam no país, disseminando propaganda terrorista, coletando dinheiro, recrutando novos membros e planejando atos violentos. Em 2016, duas semanas antes do início dos Jogos Olímpicos no Rio, a PF prendeu um grupo jihadista islâmico que planejava atentados semelhantes aos dos Jogos de Munique em 1972. Dez suspeitos de serem aliados ao Estado Islâmico foram presos e dois fugiram. Saiba mais.