Pentágono estima cerca de 80 mil baixas das forças russas na Ucrânia

Número, que teve aumento expressivo só no último mês, diz respeito a mortos e feridos em ação nos últimos seis meses

O exército russo já teria entre 70 e 80 mil soldados mortos ou feridos desde que a invasão à Ucrânia teve início há quase seis meses, de acordo com estimativa divulgada pelo Pentágono nesta segunda-feira (8). O número é quase metade do efetivo do país quando a guerra começou, em 24 de fevereiro. As informações são do jornal americano The Hill.

A declaração foi dada pelo subsecretário de Defesa para Política, Colin Kahl. “Os russos estão sofrendo um número tremendo de baixas”, disse ele durante coletiva de imprensa. “É uma combinação de mortos em ação e feridos”, acrescentou.

Se comparado a uma estimativa anterior, feita em julho, o número de baixas cresceu bastante. Segundo o diretor da CIA (Agência de Inteligência norte-americana), William Burns, a contagem no final do mês passado era de 15 mil soldados russos mortos em território ucraniano, além de 45 mil feridos.

Soldado ucraniano passa por um veículo russo destruído durante combate (Foto: manhhai/Flickr)

Segundo análise do site Military.com, o expressivo déficit no contingente de Moscou no front sinaliza que os militares russos podem estar “fazendo grandes sacrifícios ao executar uma invasão ordenada pelo presidente Vladimir Putin“. Falhas nos sistemas de logística e abastecimento teriam contribuído para isso.  A reportagem ainda observa que o exército invasor agora “está atolado em uma brutal guerra de artilharia no leste”, referindo-se à região de Donbass, ocupada pelos russos.

A Rússia perdeu a maior parte dessas peças ainda na primeira fase de sua chamada “operação militar especial”, quando tentou, sem êxito, tomar a capital Kiev e áreas ocidentais da Ucrânia com uso de armas de longo alcance para atingir alvos. 

Para Kahl, o número de baixas russas é “notável”, considerando que Moscou “não alcançou nenhum dos objetivos de Vladimir Putin” desde que invadiu a Ucrânia há praticamente meio ano. Ele destaca a “moral” e a “vontade de lutar” do exército de bandeira azul e amarela como fatores essenciais na resistência aos agressores.

“Acho que isso dá aos ucranianos uma vantagem significativa”, acrescentou. 

Outra vantagem que vem sendo bastante falada é o uso de armamento ocidental enviado por parceiros da Ucrânia, em especial o lança-foguetes Himars, um sistema móvel de longo alcance e alta precisão, de fabricação americana.

E, na segunda-feira (8), Washington preparava outro carregamento de armas para a Ucrânia no valor de US$ 1 bilhão, segundo o Military.com. O mais novo pacote, autorizado pelo governo Biden, inclui mais munição para o sistema Himars, mil mísseis antitanque, veículos médicos blindados, minas e suprimentos médicos. Será a 18ª remessa desde que a guerra eclodiu. 

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