O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, acusou a Rússia de planejar uma campanha de terrorismo aéreo contra aeronaves de todo o mundo. A declaração foi feita na quarta-feira (14), durante uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. As informações são do site Politico.
“Posso apenas confirmar que a Rússia planejou atos de terror aéreo, não apenas contra a Polônia, mas contra companhias aéreas de todo o mundo”, disse Tusk, sem, no entanto, oferecer provas ou mesmo outros detalhes sobre os supostos ataques.

Nas últimas semanas, o The Wall Street Journal e o The New York Times, dois jornais norte-americanos, revelaram que a inteligência dos Estados Unidos alertou a Casa Branca sobre um suposto plano russo para contrabandear dispositivos incendiários em aviões de carga com destino aos EUA. A Casa Branca, segundo o jornal, enviou uma advertência direta ao Kremlin para que cessasse as operações.
As suspeitas sobre o envolvimento da Rússia em sabotagens de infraestrutura de transporte europeu e em ataques cibernéticos vêm sendo reiteradas por líderes europeus. Em abril de 2024, o ministro dos Transportes da República Tcheca, Martin Kupka, afirmou que a Rússia realizou “milhares de tentativas” de ataques contra ferrovias europeias desde o início da guerra em grande escala na Ucrânia. Moscou rejeitou as acusações, classificando-as como “infundadas”, através de seu porta-voz, Dmitry Peskov.
Mais recentemente, a Rússia foi acusada de ter derrubado um avião de passageiros do Azerbaijão, que caiu no Cazaquistão, resultando na morte de 38 pessoas. O incidente remeteu à tragédia do voo MH17, abatido em 2014 sobre a Ucrânia oriental, em uma região controlada por separatistas pró-Rússia, causando a morte de 298 pessoas.
Apesar de o presidente Vladimir Putin ter apresentado um pedido de desculpas pela tragédia do Azerbaijão, Moscou não reconheceu culpa no caso.