Um grupo de especialistas em direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) instou o governo de Belarus a libertar imediatamente o ganhador do Prêmio Nobel da Paz deste ano, Ales Bialiatski. Ele recebeu o prêmio pelo seu “trabalho destemido em promover os direitos humanos no país”, segundo o anúncio do Comitê do Nobel.
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Fundador do grupo de direitos humanos Viasna (Primavera, em tradução literal), criado em 1996, Bialiatski foi preso pela primeira vez em 2011. No ano passado, voltou a ser detido e permanece sem qualquer indiciamento. Muitos de seus colegas também estão atrás das grades.
No comunicado, as três relatoras criticam o que chamam de uma “séria lacuna de prestação de contas por grandes violações de direitos humanos em Belarus”. E saudaram a solidariedade da comunidade internacional e todos os esforços em busca da justiça no caso.
Obrigações internacionais
As três relatoras expressaram preocupação com a detenção arbitrária de Bialiatski, em 14 de julho de 2021, classificando a prisão como “uma política para silenciar os defensores de direitos humanos em Belarus e erradicar o espaço civil para manifestações no país”.
O grupo também lembrou às autoridades de Belarus das obrigações que o país tem com os direitos humanos e pediu a libertação de todos os defensores detidos por motivos políticos.
Elas expressaram tristeza com a continuação da prisão de Bialiatski e com as novas acusações que incluem a possibilidade de uma sentença de até 12 anos.
As relatoras concluíram o comunicado dizendo que as longas sentenças dadas a defensores de direitos humanos simbolizam o abuso do sistema judiciário e da impunidade com que as autoridades belarussas agem.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News