Rússia pode estar pronta para atacar países da Otan até 2029, diz inteligência dinamarquesa

Sem o rearmamento da aliança atlântica, Moscou teria plenas condições de restabelecer o poder de suas Forças Armadas

A Rússia pode estar se preparando para uma guerra em larga escala na Europa nos próximos cinco anos, caso o conflito na Ucrânia se encerre ou congele e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não reforce seu armamento. A avaliação, divulgada pelo Serviço de Inteligência de Defesa Dinamarquês (FE), alerta que a ameaça militar russa tende a crescer nos próximos anos, devido à reforma e expansão de suas forças armadas. As informações são do Pravda.

O relatório destaca que, além da intervenção na Ucrânia, Moscou vem intensificando uma “grande reconstrução” de suas forças militares, com foco na modernização de equipamentos e um aumento significativo na produção bélica. O Serviço de Inteligência dinamarquês afirma que isso prepara o terreno para um possível confronto com a Otan.

“A Rússia já aumentou sua capacidade militar por meio da modernização e do reforço da produção”, aponta o documento.

Bandeira dinamarquesa (Foto: Open Knowledge Foundation/Flickr)

A inteligência também observa que a Rússia agora possui os recursos necessários para armamentos contra a Otan, graças ao apoio financeiro e material recebido de fontes externas. Caso os combates na Ucrânia cheguem ao fim, a Rússia poderia lançar uma guerra local contra um de seus vizinhos em até seis meses. Dentro de dois anos, a ameaça à Otan poderia se materializar, com a Rússia posicionando-se para um confronto regional no Mar Báltico. Em cinco anos, sem o envolvimento dos EUA, a Rússia poderia estar pronta para uma guerra em larga escala no continente europeu, desde que a aliança atlântica não reforce seu rearmamento.

Essa previsão, que sugere uma ameaça crescente da Rússia, coincide com declarações recentes do ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que indicou a possibilidade de um ataque russo a países da Otan por volta de 2029-2030. Pistorius ressaltou a importância de a aliança militar estar pronta para a guerra até 2029.

Tags: